Depois das lagrimas, respiro. — Eu consigo.


Estava precisando de um pouco de tempo, as coisas não andam muito bem por aqui sabe, fiz como mandaram, estava deixando fluir, um dia de cada vez mas sei lá algo nessa receita estava errado, e agora me vejo em meio a uma bagunça, um tsunami que não sei se vai passar tão cedo, já ouvi milhões de histórias e nenhuma delas chega ao que estou sentindo agora é como uma calmaria cheia de angustia, um mar onde as ondas vão e voltam só que são lembranças, coisas que não se curam e faz tudo parecer sem sentido, olhei para trás uma ou duas vezes e acho que foi meu pior erro insistir em algo que já estava perdido, força algo inexistente, porque no fundo eu sabia que não daria certo e a gente ia tropeçar um milhão de vezes até nos fortalecermos e eu sabia também o quanto éramos frágeis e não chegaríamos ao 5° tropeço, chegamos, ao 5°, ao 6°, ao 7° ao 8° e ai algo em nós mudou e devemos aceitar entende? É levei um tempo pra entender, a cada linha desse texto, um nó desata em minha garganta, e eu fico mais leve, deixo pra trás cada gota de dor e mesmo que não consiga limpar todos os destroços no mesmo mês sei que o sol vai aparecer lá fora e vai restituir tudo que um dia esfriou aqui dentro, nestas ultimas linhas me sinto melhor, respiro fundo e levanto limpo minha alma jogo pro mar tudo que um dia me machucou.  
— Myllena Maryna

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