— Luc, vem cá.
— Tô aqui do seu lado, fala. 
— Promete não rir? 
— Diz, Babi. — Ele ri. 
— Quero fazer xixi. 
— O quê? — Ele dá uma gargalhada.
— É sério, quero fazer xixi. 
— Vai no banheiro amor. 
— Tô com preguiça.
Ele continua a rir.
— É sério, amor.
— 2:15 da manhã e eu mereço ouvir isso? — Ele ri. 
— Além do mais, tô com medo de ir lá amor. Vai comigo? 
— O quê? Repete. — Continua a rir.
— Me carrega? É sério amor, quero fazer xixi. 
Ele levanta do sofá, enquanto ela estica os braços para ele a pegar no colo. Ele vai em direção ao banheiro. Ele a coloca no chão e ela diz:
— Me espera aqui, tá? 
— Tá bom, Babi. Vai logo.
— Senta direitinho ai, amor. 
Ele se senta encostando na porta. — Sentei. 
Ela vai ao banheiro, ele escuta a descarga e o som da torneira sendo ligada. 
— Acabou? 
— Uhum.
— Posso voltar pra sala? 
— Não, antes me carrega? 
Ele ri a segurando pela perna. A coloca nos ombros e volta para a sala. 
— Mijona. 
Ela ri. — Para, pelo menos sente o cheirinho da minhã mão. 
Ele cheira. — Cheirinho de sabonete.
— Sou uma mijona cheirosinha. 
— E eu um namorado perfeito. 
— Perfeito? 
— Claro, me diz um garoto que espera a namorada na porta do banheiro. 
— Você. — Ela ri.
— Só eu. 
— Apenas você.
— E só você mesmo para me tirar de frente da televisão para te levar no banheiro. 
— Pensa pelo lado bom.
— Que lado bom? 
— Pelo menos você treinou para quando ser pai. 
— Que lindo, além de namorado perfeito vou ser um pai perfeito também. 
— Claro, Lucas. Claro. — Ela ri.
— Sarcasmo? Idiota.
— Eu? Você que é.
— Por você? Sempre fui.
Ela sorri e o agarra. — Promete que vai ser para sempre? 
— Só se me prometer que vai no banheiro sozinha. 
Ela ri. — Prometo.
— Então, prometo.

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